“…preparar para a criança um ambiente benéfico e rodeá-la do necessário para que suba no Espírito, educando-se a si pela força própria, pela autodisciplina da actividade espontânea em comunidades fraternas.” (Sérgio, 1954, p. 218)
sábado, 8 de novembro de 2014
A reorganização neoliberal da escola
"A reorganização neoliberal da escola, em que os alunos são vistos como "clientes", os professores como "colaboradores", a aprendizagem como um "produto", o sucesso académico como um indicador de "qualidade total", o planeamento pedagógico como "ação de empreendedorismo", a gestão escolar como "direção corporativa" e os pais e a comunidade como "stakeholders", e o investimento como um "custo orçamental", esta reorganização, dizíamos, tem destruído uma boa (e talvez a melhor) parte do edifício da escola pública, enquanto escola democrática, inclusiva e meritocrática.
O pretenso ideal de fazer funcionar uma escola sem professores reflexivos, ativos e motivados, sem custos e sem autonomia, foi experimentado por todos os sistemas mais ou menos autocráticos, mais ou menos ditatoriais. Os resultados também estiveram sempre à vista: no Portugal do início da década de setenta do século passado, quase metade da população era analfabeta e apenas sete em cada cem estudantes que terminavam o secundário continuavam estudos na universidade."
Continuação deste excelente artigo de João Ruivo aqui.
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